"Nas próximas eleições é importante que o Partido Liberal Democrático apresente ao povo uma nova liderança. Isto requer como primeiro passo óbvio que eu saia. Não participarei das próximas eleições", disse Kishida.
Anteriormente, a agência Kyodo, citando fontes governamentais, informou que o primeiro-ministro japonês decidiu não concorrer a um segundo mandato e teria dito que "alguém precisava assumir a responsabilidade" pelo escândalo de corrupção em seu governo.
O escândalo das propinas custou o cargo de quatro ministros, vários vice-ministros e três membros da liderança do partido, e levou à dissolução da maioria das alianças do partido. O Ministério Público abriu processos criminais contra dez pessoas, incluindo três deputados e secretários de políticos. Medidas disciplinares internas do partido, incluindo exigências para que abandonassem o partido, foram aplicadas a 39 deputados da agremiação.
A renúncia de Kishida vai abrir um período de "eleições internas" no Partido Liberal Democrático para escolher um novo líder. No sistema de parlamentarismo do Japão, isso significa que o escolhido será automaticamente o próximo primeiro-ministro, permanecendo no cargo até as eleições de outubro de 2025.