A pesquisa, liderada por uma equipe de cientistas internacionais, indica que o asteroide pertencia a uma classe de rochas espaciais conhecidas como condritos carbonáceos, um tipo de asteroide rico em carbono e originário do Sistema Solar exterior, além da órbita de Júpiter.
O enorme asteroide, que segundo algumas estimativas tinha dez quilômetros de diâmetro, colidiu com o que é agora a península de Iucatã, deixando uma cratera colossal e desencadeando extinções que mudaram o mundo.
Acredita-se que o impacto provocou um megaterremoto, espalhando destroços por todo o planeta e dando início a um inverno global que acabou com os dinossauros e grande parte da vida na Terra, escreve Live Science.
O estudo liderado pelo geoquímico Mario Fischer-Godde, da Universidade de Colônia, na Alemanha, se focou em um mineral chamado rutênio, cujos isótopos podem ser usados para distinguir entre os dois principais grupos de asteroides: os carbonáceos que se formaram além da órbita de Júpiter e os corpos celestes de silicato do Sistema Solar interior, que se formaram mais perto do Sol.
Foram analisadas também as amostras de cinco outros impactos ocorridos nos últimos 541 milhões de anos, além de outros impactos de bilhões de anos para comparar os dados. As assinaturas químicas do rutênio na cratera deixada pelo Chicxulub foram consistentes apenas com os dos meteoritos carbonosos, apontando para sua origem no Sistema Solar externo, relatou a equipe em um estudo publicado na quinta-feira (15) na revista Science.