O gabinete do primeiro-ministro israelense disse no início do dia que Benjamin Netanyahu continuou trabalhando para avançar em um acordo sobre a Faixa de Gaza que maximizaria o número de reféns libertados, e insistiu que as Forças de Defesa de Israel (FDI) permanecessem no corredor da fronteira entre Gaza e Egito.
"Ela [a proposta] estabelece novas condições para a troca de prisioneiros e a retirada de uma série de cláusulas, o que dificulta a conclusão de um acordo de troca", disse o movimento palestino em um comunicado.
As novas demandas e condições estão sendo estabelecidas para "anular os esforços da ONU e dos mediadores e prolongar a guerra", afirmou o Hamas.
No entanto, o acordo de cessar-fogo "atende às condições de Israel", acrescentou o movimento.
As negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza foram realizadas em Doha na última quinta (15) e sexta-feira (16), com a participação do Catar, Egito, Estados Unidos e Israel. A liderança do Hamas recusou participar das negociações devido a falta de detalhes sobre os termos da trégua.
Uma declaração conjunta dos Estados Unidos, Catar e Egito, divulgada pelo gabinete do presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi, informou que os mediadores apresentaram a Israel e ao Hamas uma proposta de cessar-fogo que reduziria as diferenças entre as partes.
Segundo o comunicado, as conversações realizadas quinta e sexta-feira em Doha, foram sérias, construtivas e decorreram num ambiente positivo.
O comunicado afirma que funcionários do alto escalão dos governo do Egito, dos Estados Unidos e do Catar se reunirão em Cairo antes do final da próxima semana na esperança de chegar a um acordo nos termos propostos na próxima sexta-feira (23).