O ataque da Ucrânia à região de Kursk não interrompeu conversas supostamente existentes entre representantes de Moscou e Kiev, pois não havia nada para interromper, disse a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
"Nenhuma negociação direta ou indireta entre a Rússia e o regime de Kiev sobre a segurança de instalações civis de infraestrutura crítica foi ou está sendo conduzida", disse Maria Zakharova em um comunicado do ministério, comentando uma reportagem do jornal norte-americano The Washington Post sobre a suposta existência de conversas mútuas sobre segurança.
"A ameaça à segurança de tais instalações, incluindo as usinas nucleares de Zaporozhie e agora de Kursk, é criada exclusivamente pelas ações das Forças Armadas da Ucrânia e pela cumplicidade dos Estados Unidos e de outros países ocidentais", acrescentou ela.
Zakharova sublinhou que as Forças Armadas russas não atacam instalações civis, e que estão atualmente fazendo todo o possível para proteger essas instalações dos ataques das tropas ucranianas usando armas ocidentais e para proteger o mundo de uma catástrofe em grande escala.
As Forças Armadas da Ucrânia iniciaram uma ofensiva às 05h30, horário local (23h30, no horário de Brasília) do dia 6 de agosto para tomar território na região de Kursk, mas seu avanço foi interrompido, disse Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas da Rússia. Ele deixou claro que a operação na região de Kursk seria concluída com a derrota do inimigo e o regresso às fronteiras do país.
O Ministério da Defesa da Rússia comunicou no domingo (18) que os militares ucranianos haviam perdido até 3.460 soldados e 50 tanques durante os combates na região de Kursk.