"Não foram canceladas", disse Yuri Ushakov, respondendo à questão sobre se as propostas de paz anunciadas por Moscou ainda estão válidas diante dos ataques de Kiev contra as regiões fronteiriças russas.
No entanto, o conselheiro sublinhou que, "nesta fase, tendo em conta esta ação aventureira", a Rússia não falará de paz com a Ucrânia.
Sobre as eleições presidenciais nos Estados Unidos, ele afirmou não ter a certeza de que estas possam influenciar o início das negociações. O intervalo antes de lançá-las "dependerá da situação, inclusive no campo de batalha", em particular, na região de Kursk, disse o político.
Em meados de junho, o presidente russo Vladimir Putin formulou várias condições-chave para iniciar negociações de paz, em particular, que a Ucrânia retirasse as tropas de quatro novos territórios russos (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie), desistisse de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e se mantivesse neutra, com status de Estado não alinhado e não nuclear; e que todas as sanções contra a Rússia fossem levantadas.
No dia 6 de agosto, o Exército Ucraniano iniciou uma incursão armada na região russa de Kursk. Um alto funcionário do Ministério da Defesa russo, o major-general Apty Alaudinov, estima que Kiev envolveu até 12 mil soldados naquela ofensiva surpresa e que está tentando enviar reforços, embora estes estejam se esgotando.
O presidente russo prometeu "uma resposta digna" à provocação de Kiev, a quem acusou de disparar indiscriminadamente contra instalações civis, reafirmando que a Rússia alcançará todos os objetivos da sua operação militar especial.