De acordo com os autores, o desenvolvimento pode se tornar parte de computadores e implantes inteligentes. Os resultados são apresentados no jornal científico Journal of Magnetism and Magnetic Materials.
Os especialistas russos do Instituto de Tecnologia Eletrônica de Moscou (MIET, na sigla em russo) explicam que os materiais capazes de converter a energia de campos magnéticos em eletricidade, bem como de causar magnetização pelo campo elétrico, são chamados de magnetoelétricos.
Atualmente, análogos desses materiais são usados em muitos lugares, por exemplo, nos sensores de velocidade ou de rotações do motor nos carros. Além disso, agora os engenheiros estão desenvolvendo acumuladores com base em materiais magnetoelétricos.
No entanto, o maior obstáculo para os usar estes materiais nos implantes ou nas telas flexíveis em televisores e smartphones é a sua fragilidade.
Os cientistas russos, junto com seus colegas de Belarus e China, conseguiram desenvolver um composto magnetoelétrico flexível cuja tensão (2,2 mV) é suficiente para a transmissão de informações nos computadores modernos (2-2,5 mV).
O especialista acrescentou que, em vez de um suporte frágil, os cientistas usaram fluoreto de polivinilideno-trifluoroetileno (PVDF-TrFE).
Esse polímero é usado para criar materiais resistentes a influências mecânicas e químicas, como na fabricação de tubos flexíveis, películas protetoras e isolamento para cabos.
Além disso, o composto magnetoelétrico é biocompatível, podendo ser usado na produção de implantes, afirmam os cientistas.