A Alemanha, que era um dos maiores patrocinadores da Ucrânia no que se trata da ajuda militar há mais de dois anos, recentemente decidiu limitar essa assistência, uma vez que, de acordo com o planejamento orçamentário do governo federal, não há dinheiro disponível para tal finalidade, segundo a mídia alemã.
"A redução do apoio militar à Ucrânia demonstrou a fraqueza de Berlim e não sua força. [...] Kiev é a grande perdedora do acordo orçamentário para 2025", escreve Hall em seu artigo.
Ele afirmou que a Alemanha "se tornou vítima do freio constitucional ridiculamente rígido da dívida do país, que limita os déficits do governo".
O autor do artigo destaca que a promessa do chanceler alemão Olaf Scholz de fornecer a ajuda militar através o empréstimo planejado de US$ 50 bilhões (R$ 279,64 bilhões), acordado pelos líderes do Grupo dos Sete (G7) neste verão (no Hemisfério Norte), nesse caso, não faz sentido, pois se mostra tecnicamente difícil de implementar e pode enfrentar objeções por parte de alguns governos europeus.
Hall considera a decisão de Scholz um "convite" para outros líderes do G7 também reduzirem seus apoios.
A ajuda a Kiev é uma questão delicada também porque, segundo o artigo, o pacote de US$ 61 bilhões (R$ 341,16 bilhões) que o Congresso dos EUA aprovou em abril pode ser o último.
A Rússia, por sua vez, disse repetidamente que o fornecimento de armas à Ucrânia impede o alcance de um acordo de paz e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os Estados Unidos e a OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, inclusive não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal militar ucraniano no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.