Esses fundos devem ser transferidos para Kiev até o final do ano, de acordo com um plano do G7 feito em junho, mas a implementação do plano foi prejudicada por exigências feitas pelos Estados Unidos e pelo risco de a Hungria desacelerar qualquer decisão da União Europeia sobre apoio à Ucrânia ou sanções contra a Rússia, de acordo com as pessoas que falaram sob condição de anonimato à mídia.
Embora o prazo para o acordo do G7 se estenda até o final do ano, a Ucrânia precisará de uma decisão no mês que vem, quando uma revisão de financiamento pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) exigirá garantias de que os requisitos orçamentários de Kiev serão atendidos, disse uma das pessoas.
"Precisamos de um mecanismo real. As discussões relevantes estão em andamento há muito tempo, e finalmente precisamos de decisões", disse Vladimir Zelensky na quarta-feira (21).
Um porta-voz da Comissão Europeia disse que o trabalho está em andamento, e mais discussões serão necessárias e serão retomadas nas próximas semanas. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Hungria não respondeu a um pedido de comentário.
Os aliados da Ucrânia congelaram os ativos do Banco Central da Rússia, a maioria dos quais está na Europa, após o começo da operação russa em 2022 no país do Leste Europeu, ação que Moscou classificou como "roubo" e "pirataria do século XXI".
Os fundos renderam até agora cerca de € 3,4 bilhões (R$ 20,9 bilhões) desde que foram imobilizados, embora os lucros gerados antes de 15 de fevereiro sejam retidos pela Euroclear, sediada na Bélgica, como uma proteção para lidar com riscos atuais e futuros, como litígios.
Na quarta-feira (22), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse à Sputnik que Moscou responderá ao uso pelos países ocidentais das receitas geradas pelos ativos russos congelados, visto que isso é ilegal e se trata de roubo de fundos russos, conforme noticiado.