"Eles [os ucranianos] estão permanecendo na Rússia, estão construindo defesas e, pelo que podemos perceber e pelas nossas conversas, parecem determinados a reter parte desse território por um período de tempo", disse Cohen nesta quarta-feira (28).
Ao mesmo tempo, Cohen reconheceu que a Rússia continua a fazer avanços territoriais na região de Donbass. No entanto, segundo o dirigente, isso não mudará a situação estratégica no campo de batalha.
Em 6 de agosto, as forças ucranianas cruzaram a fronteira com a Rússia e lançaram uma ofensiva na região de Kursk. Em relação ao ataque, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Ucrânia havia realizado outra grande provocação, disparando indiscriminadamente contra alvos civis. Putin acrescentou que não poderia haver negociações de paz após o episódio.
Uma das principais preocupações na região, para além dos riscos aos civis, é com relação às ofensivas de Kiev contra a usina nuclear de Kursk, que pode provocar um acidente nuclear. "Estive na central nuclear russa de Kursk hoje [27], onde a situação é séria", declarou o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, acrescentando que prevenir um acidente nuclear é "vital".
Uma delegação liderada por Grossi visitou a usina nuclear de Kursk e a cidade de Kurchatov na terça-feira (27). Durante a visita, as consequências de uso da atividade militar perto da usina puderam ser observadas.