O petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA fechou a sessão final de agosto com queda de US$ 2,36 (cerca de R$ 12) ou 3,11%, a US$ 73,55 (cerca de R$ 370) por barril, perda de 1,7% para o WTI na semana.
No mês, o benchmark (índice de referência, em tradução livre) do petróleo dos EUA caiu 5,6%, acumulando perda adicional ao déficit de 4,5% registrado em julho. No mês, o benchmark global de petróleo recuou 2,5%, somando-se à queda de 6,5% registrada em julho.
O WTI e o Brent chegaram a subir por dois dias devido a preocupações com possíveis interrupções na produção na Líbia e a possibilidade de um grande ataque iraniano a Israel, que poderia reacender o risco geopolítico no Oriente Médio.
No entanto, as altas foram compensadas por três dias de perdas com base em dados que indicam um crescimento mais fraco na China. O desemprego aumentou no mês passado em 0,2% para 5,2%, com o grupo etário de 16 a 24 anos particularmente afetado por uma taxa de desemprego de 17% — a mais alta desde que esses dados começaram a ser coletados em dezembro.
O WTI também foi negativamente impactado pelos números de consumo de petróleo menos favoráveis relatados pela Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) para a semana que se encerrou.
Os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram apenas 846 mil barris durante a semana encerrada em 23 de agosto, segundo a EIA, em comparação com as expectativas de redução de 2,8 milhões de barris e consumo de 4,7 milhões da semana anterior.
Os estoques de destilados apresentaram um desempenho ainda pior, caindo apenas 275 mil barris, em contraste com uma expectativa de queda de 815 mil barris e a redução de 3,3 milhões da semana anterior. Os destilados são principalmente processados em diesel necessários para caminhões, ônibus e navios, e são usados na fabricação de combustível para aviões.
Somente os estoques de gasolina corresponderam às previsões, com queda de 2,2 milhões de barris, em comparação com a expectativa de 2,15 milhões e o consumo de 1,6 milhão da semana anterior. A gasolina é o principal combustível para veículos nos Estados Unidos e representa o maior componente da matriz energética do país.
A Goldman Sachs, principal previsora dos preços do petróleo em Wall Street, prevê para 2025 que o preço médio do barril seja de US$ 77 (cerca de R$ 390), em comparação com US$ 82 anteriormente (R$ 412).
Uma pesquisa de petróleo na Goldman Sachs atribuiu a visão pessimista para o Brent à demanda mais fraca por petróleo na China, à medida que a segunda maior economia do mundo faz a transição de carros movidos a gasolina para veículos elétricos.