Panorama internacional

Ucrânia parece ter recebido carta branca para operações em regiões russas, diz Moscou

Aparentemente, a Ucrânia recebeu carta branca para operações em regiões russas, disse a representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Sputnik
A vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, disse na quinta-feira (29) que os EUA permitem que a Ucrânia contra-ataque a Rússia com armas norte-americanas durante o ataque terrorista à região de Kursk. O coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse na segunda-feira (26) que os Estados Unidos e a Ucrânia continuarão conversando sobre o uso permitido de armas fornecidas pelos EUA para atacar território russo, mas essas discussões permanecerão privadas.

"Conclusões extremamente sérias decorrem de tudo isso. A Ucrânia recebeu carta branca completa para operações em regiões russas. Além disso, o governo de Joe Biden está obviamente se preparando para fazer novas concessões a [Vladimir] Zelensky e desamarrar suas mãos para usar virtualmente qualquer tipo de arma norte-americana, incluindo profundamente em território russo", disse Zakharova.

De acordo com a representante, o curso de escalada dos EUA está se tornando cada vez mais provocativo.
No dia 6 de agosto, as forças ucranianas cruzaram a fronteira para a Rússia e lançaram uma ofensiva na região de Kursk. Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. Putin afirmou que o inimigo receberia uma resposta adequada nas regiões de fronteira da Rússia.
O Ministério da Defesa russo disse na quinta-feira que as tropas ucranianas perderam até 7.450 militares e 74 tanques durante a ofensiva na região de Kursk.
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Nesta sexta-feira (30), o chefe de política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou que permitir que a Ucrânia use armas do bloco europeu para atacar o território da Rússia não significa entrar em guerra com Moscou.
"Acho ridículo dizer que permitir alvos dentro do território russo significa estar em guerra contra Moscou. Não estamos em guerra contra Moscou", disse Borrell a repórteres antes de uma reunião informal dos ministros da Defesa da UE.
Ninguém quer estar em estado de guerra com a Rússia, mas ataques com o uso de armas europeias no território da Rússia devem ser permitidos, acrescentou o principal diplomata da UE, afirmando que o bloco pretende criar um centro de coordenação na Ucrânia para fornecer assistência militar, mas o envio de instrutores militares ainda não foi discutido.
"Estamos pensando em ter um centro de coordenação na Ucrânia, não há acordo para treinar soldados ucranianos em solo ucraniano com instrutores europeus", afirmou Borrell, lembrando que os Estados-membros da UE esgotaram seus estoques militares devido aos suprimentos para a Ucrânia.
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