"Criminosos ucranianos culpados de crimes internacionais graves contra seus próprios cidadãos e cidadãos russos, bem como seus capangas, serão levados à Justiça e serão punidos como merecem", disse Zakharova.
Kiev quer retirar seus cidadãos da jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI), mas manter o processo criminal de cidadãos estrangeiros, disse Maria Zakharova.
"Na verdade, eles querem retirar seus cidadãos da jurisdição até mesmo deste tribunal [TPI], que é o mais leal a eles possível, mas ao mesmo tempo reservar o direito de processo criminal em Haia de cidadãos de outros países por acusações inventadas pela própria Kiev", disse Zakharova.
As palavras de Kiev sobre a ratificação do Estatuto de Roma com condições mostram sua verdadeira atitude em relação ao direito internacional humanitário, acrescentou a representante.
"Tal passo não pode ser considerado senão uma intenção indisfarçável de dar carta branca aos seus militares para cometerem crimes de guerra graves", acrescentou Zakharova.
Nem a Ucrânia nem o TPI têm nada a ver com lei e justiça, disse Zakharova.
"A reputação tanto do regime de Kiev quanto do TPI é bem conhecida. Nenhum deles é independente e tem algo a ver com lei ou justiça", disse Zakharova.
No dia 24 de agosto, o líder ucraniano Vladimir Zelensky, hoje sem mandato presidencial, assinou uma lei para ratificar o Estatuto de Roma, o tratado fundador do TPI. A Ucrânia não reconhecerá a jurisdição do TPI sobre seus cidadãos por sete anos após a adoção do projeto de lei.