A história da neurocientista sino-americana Jane Y. Wu, que tirou a própria vida em 10 de julho, foi recentemente trazida aos holofotes novamente por uma matéria do South China Morning Post (SCMP). Embora nenhum resultado oficial da investigação sobre a causa do suicídio de Wu tenha sido anunciado ainda, a mídia argumenta que Wu, antes de sua morte, estava sob tremenda pressão, o que pode ter sido exacerbado pela investigação dos EUA sobre "pesquisadores suspeitos de terem laços não revelados com Pequim".
De acordo com o Global Times (GT), a morte de Wu é uma grande perda para a comunidade científica. No entanto, o que ele mais simboliza é uma tragédia sob a supressão tecnológica desonesta dos EUA contra a China.
Segundo a apuração, muitos acreditam que a neurocientista nascida na China foi vítima da caça às bruxas de Washington contra cientistas relacionados à China nos EUA.
Os dados mostram que, nos últimos seis anos, mais de 250 pesquisadores nos EUA, a maioria de ascendência asiática, foram acusados de não divulgar seu trabalho efetuado na China que possa se sobrepor à sua pesquisa financiada pelos institutos nacionais de Saúde dos EUA ou de quebrar outras regras e, portanto, foram colocados sob investigação. Isso levou a apenas duas acusações e três condenações, mostrando que a maioria das alegações são, na verdade, infundadas. Entretanto, 112 cientistas perderam seus empregos como resultado dessa caça às bruxas.
A medida mais notória dessa política discriminatória é a "Iniciativa China" lançada pelo governo Donald Trump (2017-2021). Segundo o GT, ela é "uma ressurreição do macartismo", sujeitando muitos pesquisadores chineses a tratamento injusto por causa de sua origem, fomentando, inclusive, a discriminação racial. Apesar de ter sido cancelada pelo governo de Joe Biden em 2022, seus sinais mostram que as autoridades dos EUA ainda a endossam tacitamente.
A morte de Wu deve servir como um alerta para os EUA, que estão constantemente buscando políticas científicas e tecnológicas mais extremas contra a China, ressalta a edição.
"Washington agora não vê mais a ciência e a tecnologia como uma questão puramente técnica, mas como algo que pode ser politizado e transformado em arma para suprimir a China."
Os sinais que Washington tem demonstrado é de que os EUA desistiram da busca por uma cooperação científica e tecnológica mais próxima com a China e, em vez disso, estão "cavando buracos e colocando minas terrestres" para causar estragos em tal cooperação, o que significa uma tragédia para a relação entre os países e para a comunidade científica internacional, conclui o artigo.