"Eu apliquei sanções, mas levantei-as o mais rápido que pude, porque no final elas matam o dólar e matam tudo o que o dólar representa", disse o candidato republicano durante um evento na cidade de Nova York, quando questionado se, caso eleito presidente, reforçaria as sanções, especialmente as dirigidas à Rússia.
Na quarta-feira (4), os EUA anunciaram uma série de sanções para o grupo de mídia russo Rossiya Segodnya e suas subsidiárias RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA. Além disso, as sanções também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, e vários outros gestores.
A medida foi tomada na esteira das acusações de Washington sobre uma suposta tentativa russa de interferir nas eleições dos EUA. Moscou reitera que a Rússia não interfere em pleitos norte-americanos.
No Brasil, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) condenou a ação e disse que o movimento do governo norte-americano é um "atentado à liberdade de expressão e de imprensa mundial, sobretudo nesse contexto de alegar que as mídias russas têm interesse em intervir na eleição norte-americana".
A Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil (ACIE) também se posicionou contra as sanções impostas a jornalistas e veículos de comunicação russos. Em nota, o grupo afirmou que "a imposição de sanções atenta contra a liberdade de imprensa e o livre exercício do jornalismo".
As eleições dos EUA acontecem no dia 5 de novembro. O ex-presidente concorrerá contra a atual vice-presidente, Kamala Harris, indicada pelo Partido Democrata após a desistência do chefe de Estado, Joe Biden.