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'Nada mudará nos EUA após o caso Assange', avalia editora-chefe da Sputnik

© AP Photo / Frank AugsteinJulian Assange cumprimenta seus apoiadores fora da Embaixada do Equador em Londres. Reino Unido, 19 de maio de 2017
Julian Assange cumprimenta seus apoiadores fora da Embaixada do Equador em Londres. Reino Unido, 19 de maio de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 25.06.2024
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Após a libertação do ativista e jornalista Julian Assange, nada mudará nos Estados Unidos e no mundo em relação ao trabalho da imprensa e à liberdade de expressão, afirmou Margarita Simonyan, editora-chefe do grupo midiático Rossiya Segodnya, do qual a Sputnik faz parte. Simonyan qualificou Assange como o melhor jornalista dos tempos atuais.

"Não, nada mudará. Tudo é um jogo político. Foi necessário para [o presidente dos EUA Joe] Biden em determinado momento para ganhar certos votos. Se não houvesse eleições, ele não teria sido libertado", enfatizou.

Além disso, a diretora do canal RT e editora-chefe da Sputnik convidou o fundador do WikiLeaks a retornar ao canal RT e a escrever um livro sobre todo o processo que viveu.

"Espero que ele retorne à sua vida ativa e […] que retorne à nossa transmissão. Se vocês lembram, antes de tudo isso acontecer, ele apresentou um programa no RT em 2012, um programa maravilhoso, brilhante. Ficaríamos encantados de tê-lo de volta ao ar", observou.

Em 24 de junho, Assange foi libertado da prisão de segurança máxima de Belmarsh, perto de Londres, depois de ter passado lá 1.901 dias (mais de 5 anos), informou a plataforma WikiLeaks na rede social X (antigo Twitter).
Apoiadores de Julian Assange seguram cartazes do ativista do WikiLeaks junto da Corte dos Magistrados de Westminster em Londres, Reino Unido, 20 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.06.2024
Panorama internacional
Assange deixa a prisão no Reino Unido após acordo com governo norte-americano (VÍDEO)

"O Tribunal Superior de Londres lhe concedeu liberdade sob fiança e ele foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e deixou o Reino Unido", detalhou a plataforma onde foram publicados milhares de documentos oficiais dos EUA, razão pela qual o jornalista tem sido perseguido durante anos por Washington.

O WikiLeaks confirmou que a defesa do ativista australiano conseguiu um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que ainda não foi completamente fechado.
Segundo a NBC, o fundador da plataforma planeja se declarar culpado como parte de um acordo com o governo norte-americano que permitiria sua libertação após passar cinco anos na prisão britânica.
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