"A Rússia continua sendo o país mais atacado no ciberespaço por mais de dois anos e meio", disse Kulashova.
Nos primeiros oito meses de 2024, mais da metade dos russos que usam produtos da Kaspersky Lab foram atacados. Os setores financeiro e público, telecomunicações, mídia e indústria estão atraindo mais atenção dos invasores. Segundo a diretora da empresa, o problema do "hacktivismo" continua relevante, quando os invasores podem danificar as operações de uma empresa para chamar a atenção para problemas sociais ou políticos. No entanto, os objetivos mais frequentes dos ataques cibernéticos são ganho financeiro e espionagem.
"O comprometimento de organizações pode começar com o uso de vulnerabilidades em aplicativos disponíveis publicamente, credenciais de usuários obtidas, inclusive como resultado de ataques de força bruta [tentativa de violar uma senha ou um nome de usuário usando uma abordagem de tentativa e erro], bem como ataques por meio de pequenas empresas — contratadas por empresas maiores", explicou Kulashova.
Ela lembrou que, no início de julho, a empresa registrou duas ondas de correspondências direcionadas a empresas nacionais contendo arquivos ou links maliciosos. Os destinatários eram cerca de mil funcionários de organizações dos setores de manufatura, finanças e energia, bem como agências governamentais. No caso de um ataque bem-sucedido, os invasores podem obter acesso remoto aos computadores das organizações, baixar arquivos e documentos confidenciais delas. Felizmente, todos os ataques foram bloqueados.
Também neste verão (Hemisfério Norte), a empresa identificou uma série de ataques complexos direcionados a empresas de tecnologia da informação (TI) russas e organizações governamentais. Os invasores disfarçaram cuidadosamente sua atividade maliciosa, usando sites populares como o Dropbox. A campanha maliciosa tinha como objetivo roubar informações oficiais, observou Kulashova.