Panorama internacional

Rússia acusa EUA de exercerem 'pressão aberta' na Turquia após Erdogan comentar a questão da Crimeia

Os Estados Unidos exercem uma pressão aberta sobre Ancara, em particular, na questão da península da Crimeia, denunciou nesta sexta-feira (13) o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Sputnik
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan destacou em 11 de setembro a necessidade de devolver a Crimeia à Ucrânia, observando que é isso que o direito internacional exige.
"Na verdade, os EUA exercem pressão indisfarçável sobre a República da Turquia, sem desconsiderar a intimidação com consequências para a economia turca", disse Peskov, respondendo à questão de saber se a recente declaração de Erdogan se deve ao desejo de Ancara de "jogar junto com os EUA para reduzir a pressão das sanções sobre a sua economia".
No entanto, continuou ele, a Turquia, na opinião da Rússia, continua a ser guiada pelos seus próprios interesses, em particular, desenvolvendo o comércio econômico e outras cooperações com Moscou.
A propriedade da Crimeia é uma questão que suscita divergências entre a Rússia e a Turquia, acrescentou Peskov.
"Não desistimos das nossas tentativas, determinados a continuar a explicar aos nossos amigos e colegas turcos o nosso ponto de vista, a nossa posição. Esperamos que com o tempo isso permita que Ancara nos compreenda melhor e concorde com os nossos argumentos", disse ele.
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'Bola está do lado deles': jornalista avalia declaração de Putin sobre conflito com a OTAN
O porta-voz também afirmou que a declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, feita na quinta-feira (12) sobre as consequências dos ataques com armas ocidentais contra o território russo chegou aos seus destinatários.
"A declaração que Putin fez ontem é muito importante. É extremamente clara, inequívoca e não permite dupla leitura. E não temos dúvidas de que esta declaração chegou aos seus destinatários", disse Peskov a repórteres.
Putin alertou a OTAN que os ataques ucranianos com armas da aliança contra o interior do território russo significarão que os países-membros da organização militar estão em guerra com a Rússia.
A participação direta da OTAN, enfatizou o presidente, muda a própria essência do conflito.
Vários especialistas alertaram que um confronto direto entre a Rússia e a OTAN, ambas com arsenais nucleares, teria consequências imprevisíveis para o mundo.
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