Panorama internacional

'Crime de guerra': líder do Hezbollah diz que Israel 'passou dos limites'

O líder do movimento Hezbollah, Hassan Nasrallah, descreveu as recentes explosões de dispositivos eletrônicos que ocorreram em diferentes partes do Líbano como um ato massivo de terrorismo e genocídio, matando dezenas de pessoas e ferindo milhares de outras.
Sputnik

"O inimigo [Israel] ultrapassou todos os limites, colocando em perigo a vida de muitos civis no Líbano", declarou Nasrallah durante seu discurso transmitido pela televisão libanesa, acrescentando que o que aconteceu é "um crime de guerra, um ataque terrorista e um genocídio que conduziu a declaração de guerra".

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Nasrallah acrescentou que os comandantes do movimento não foram afetados pelo ataque, uma vez que utilizam pagers de modelos antigos, e garantiu que, "sem dúvida, haverá" uma resposta ao ocorrido.

Explosões

Na terça-feira (17), o analista militar Aleksei Leonkov alegou que os serviços de inteligência dos EUA podem estar por trás das explosões, referindo-se às suas ferramentas avançadas de vigilância e à capacidade de interferir remotamente no trabalho de dispositivos de comunicação.
Os EUA vêm desenvolvendo essa capacidade desde a década de 1960, quando deram início ao programa de espionagem Echelon, observou o especialista.
Anteriormente, o pesquisador Mehmet Rakipoglu e o analista militar Aleksei Leonkov disseram à Sputnik que não descartavam o envolvimento dos EUA no ataque ao Líbano.
Marc Ostwald, economista-chefe da empresa ADM Investor Services International Limited, e Hasan Abdullah, analista e pesquisador do Instituto Global de Segurança e Estratégia, acreditam que várias medidas podem ser tomadas para impedir os bombardeios encobertos, começando com investigações nos processos de fabricação e terminando com o envio de observadores internacionais para monitorar a produção e o fornecimento.
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De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, os dois ataques nos últimos dias, que fizeram com que milhares de pagers e walkie-talkies explodissem no país, mataram mais de 40 pessoas, incluindo crianças, e deixaram mais de 3 mil feridos.
Israel não assumiu a autoria dos ataques, mas de acordo com a matéria do The New York Times divulgada nesta quinta-feira (19), o governo de Benjamin Netanyahu criou uma empresa de fachada para produzir pagers e walkie-talkies explosivos que foram fornecidos ao Líbano. O movimento libanês Hezbollah já prometeu vingança.
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