A CEO ítalo-húngara e proprietária da BAC Consulting, Cristiana Barsony-Arcidiacono, disse à NBC News no início da semana que ela não fez os pagers, afirmando ser "apenas a intermediária".
Já a empresa taiwanesa de pagers Gold Apollo disse na quarta-feira (18) que o modelo usado em detonações no Líbano foi feito pela BAC Consulting, acrescentando que a Gold Apollo apenas licenciou sua marca para a empresa e não estava envolvida na produção dos dispositivos.
As agências de inteligência húngaras estão conduzindo a investigação desde quarta-feira (18) e entrevistaram Barsony-Arcidiacono diversas vezes, informou o gabinete de imprensa internacional do governo húngaro em um comunicado, citado pela Reuters.
Em dois dias de ataques nesta semana, pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram. O número total de mortos nesses ataques subiu para 39, e mais de 3.000 ficaram feridos. Acredita-se amplamente que os ataques foram realizados por Israel, que não confirmou nem negou seu envolvimento.
O Escritório de Proteção à Constituição, uma das agências de inteligência húngara, reiterou uma declaração anterior do governo que dizia que os dispositivos de pager usados nas detonações em massa nunca estiveram na Hungria.
O governo do primeiro-ministro Viktor Orbán também disse anteriormente que a BAC Consulting era "uma empresa intermediária de negociação, que não possui nenhuma unidade de fabricação ou outro local de operação na Hungria", relata a mídia.