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Analista: explosões de pagers no Líbano é produto da falha logística e de segurança do Hezbollah

© AP Photo / STREquipes de emergência da Defesa Civil carregam um homem que ficou ferido depois que seu pager explodiu, na cidade portuária de Sidon, no sul do Líbano, 17 de setembro de 2024
Equipes de emergência da Defesa Civil carregam um homem que ficou ferido depois que seu pager explodiu, na cidade portuária de Sidon, no sul do Líbano, 17 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 19.09.2024
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Uma onda de explosões de pagers no Líbano nesta semana, que já foi atribuída à inteligência israelense, foi "mais um ato de guerra convencional" em vez de um ataque terrorista, diz um veterano e especialista independente em segurança cibernética à Sputnik.
"Esta foi uma interceptação da cadeia de suprimentos onde os dispositivos em questão foram óbvia ou supostamente interceptados", explica Lars Hilse, especialista em segurança cibernética. "As placas de circuito foram modificadas para conter, obviamente, uma quantidade bastante pequena de explosivo, que então foi detonado supostamente por um sinal de rádio, de qualquer jeito, forma ou formato. Então, essencialmente, o que estamos falando é de um ataque ciberfísico mais do que qualquer outra coisa, onde, por definição, você usa instrumentos cibernéticos para causar danos físicos, o que isso, no final das contas, foi."
De acordo com Hilse, capturar um grande número de pagers dessa forma não é difícil se o perpetrador tiver "acesso a uma planta que possa fabricar o chipset desses pagers em questão" e modificar os dispositivos.
Ainda segundo Hilse, os próprios israelenses "têm cookies [arquivos de texto com pequenos fragmentos de dados que servem para melhorar a experiência de navegação] muito inteligentes em seu domínio de inteligência", o que, para ele, não implica o envolvimento dos serviços de inteligência ocidentais.
Para o analista político e de segurança, dr. Hasan Selim Ozertem, de Ancara, as explosões de pagers indicam um aparente "problema nos serviços de logística e segurança do Hezbollah" e que as explosões podem ter sido uma tentativa de Israel de restaurar a reputação de sua inteligência, manchada com os ataques do Hamas em 7 de outubro. Entretanto, Ozertem se questiona sobre a extensão desses ataques e possíveis desdobramentos.
"Se tais dispositivos de telecomunicações podem ser manipulados de agora em diante, telefones celulares ou laptops podem ser usados como tais dispositivos de assassinato ou tais explosivos em voos internacionais. Tais precedentes podem ser usados por organizações terroristas internacionais também", alerta.
Pessoas se reúnem do lado de fora do hospital da Universidade Americana de Beirute após a chegada de vários homens que foram feridos por pagers portáteis que explodiram. Líbano, 17 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2024
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Nova onda de explosões de aparelhos de comunicação ocorre no Líbano (FOTOS, VÍDEOS)
Uma fonte libanesa disse à Sputnik que dispositivos diferentes de pagers explodiram em diferentes partes do país na quarta-feira (18). O ministro do Trabalho libanês, Mustafa Bayram, chamou as explosões de "um crime deliberado e um ato terrorista" de Israel em uma entrevista à Sputnik.
"O objetivo principal de Israel é desviar a atenção de sua responsabilidade pelos massacres e genocídios que ocorrem na Palestina e mudar a agenda pública global", disse Mehmet Rakipoglu, pesquisador do think tank Dimensions for Strategic Studies, sediado em Londres, à Sputnik, referindo-se a uma nova série de explosões no Líbano.
Na terça-feira (17), o analista militar Aleksei Leonkov alegou que os serviços de inteligência dos EUA podem estar por trás das explosões, referindo-se às suas ferramentas avançadas de vigilância e capacidade de interferir remotamente no trabalho de dispositivos de comunicação.
Os EUA vêm desenvolvendo essa capacidade desde a década de 1960, quando deram início ao programa de espionagem Echelon, observou o especialista.
"Estou definitivamente certo de que os Estados Unidos têm algum dedo nisso", disse Leonkov. "Agora que os EUA foram um parceiro durante este genocídio israelense, a guerra em Gaza e também no Líbano."
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