Panorama internacional

EUA dizem temer guerra total no Líbano enquanto ataques israelenses colocam Hezbollah sob alerta

Autoridades dos EUA disseram à mídia que, embora a Casa Branca esteja "extremamente preocupada" com a crescente campanha de ataques aéreos, mísseis e foguetes transfronteiriços que podem desencadear uma guerra total, o governo "espera" que a "pressão militar" israelense sobre o Hezbollah do Líbano possa terminar em um "acordo diplomático".
Sputnik
Líderes israelenses têm alertado sobre a potencial abertura de uma "frente norte" contra o Hezbollah do Líbano desde junho. Esta semana, após um ataque suspeito sem precedentes do Mossad no Líbano visando dispositivos de comunicação e outros eletrônicos domésticos, os riscos de uma nova guerra aumentaram drasticamente.
O conselheiro norte-americano de Segurança Nacional Jake Sullivan disse aos repórteres no sábado (21) que havia um risco "real e agudo" de ações cada vez mais violentas de ambas as partes — desencadeados pelos ataques mortais suspeitos por parte dos israelenses a pagers e walkie-talkies no Líbano na semana passada, que pode se transformar em um conflito em grande escala, e que Washington está "trabalhando" para evitar que isso ocorra.
Autoridades anônimas dos EUA disseram à Axios que a estratégia de ataques aéreos israelenses visa "pressionar" o Hezbollah em direção a um acordo diplomático, ecoando sentimentos expressos pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na quarta-feira (18) em um vídeo enigmático de dez segundos no X sobre o retorno de israelenses para suas casas no norte do país. As autoridades dos EUA disseram que concordam com a justificativa de Tel Aviv, mas disseram que a "calibração extremamente difícil" pode desencadear uma escalada incontrolável.
"Uma das principais mensagens" das conversas recentes entre autoridades dos EUA e de Israel "foi que queremos manter um caminho aberto para uma resolução diplomática e, portanto, não queremos que os israelenses tomem medidas que fechem esse caminho", disse uma das autoridades.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, caracterizou as explosões de pagers dessa semana como um "ato de terrorismo" e uma "declaração de guerra", prometendo "punição justa" para seus perpetradores.
Nasrallah enfatizou que a ala militar do grupo "não vai parar" seus ataques transfronteiriços, e que os deslocados israelenses "não poderão retornar" para suas casas, "até que a agressão israelense em Gaza termine".
Panorama internacional
Hezbollah diz que ataque com foguetes contra Israel é uma resposta às explosões de pagers
O Hezbollah iniciou uma campanha de ataques de artilharia, foguetes e drones contra as fazendas Shebaa e Colinas de Golã ocupadas por Israel em outubro de 2023 em solidariedade aos palestinos em Gaza após o ataque surpresa do Hamas na fronteira sul de Israel, que desencadeou uma campanha de bombardeio em larga escala das Forças de Defesa de Israel (FDI), seguida por uma invasão terrestre.
O conflito gradualmente se transformou na maior e mais sangrenta troca de bombardeios entre os militares israelenses e o Hezbollah desde a Guerra do Líbano de 2006, com centenas de milicianos, tropas israelenses, civis libaneses, civis israelenses e civis sírios mortos, e mais de 200.000 pessoas deslocadas de suas casas no sul do Líbano e do norte de Israel.
Esta semana, depois que o Hezbollah lançou uma onda de ataques de foguetes e artilharia visando locais das FDI no norte de Israel em retaliação ao ataque contra os pagers, Israel respondeu com uma série de ataques aéreos contra milícias e infraestrutura civil.
Na sexta-feira (20), um ataque israelense em um bairro densamente povoado de Beirute matou o comandante da Força Radwan do Hezbollah, Ibrahim Akil, e três dúzias de outras pessoas. Neste domingo (22), o Hezbollah teve como alvo a Base Aérea Ramat David de Israel, 20 quilômetros a sudeste de Haifa, usando foguetes pesados Fadi 1 e Wadi 2, provocando um incêndio na base.
Também neste domingo, o Hezbollah disse em uma declaração que tinha como alvo uma instalação de produção militar da empresa Rafael no norte de Haifa. O Exército israelense ainda não comentou esses ataques.
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