A Marinha dos EUA é seriamente ameaçada pelo estado atual do setor de construção naval dos Estados Unidos, que registra um grande declínio e que, em grande parte, conta com as capacidades de seus aliados asiáticos, principalmente o Japão e a Coreia do Sul, de acordo com o artigo.
O problema dos Estados Unidos é também agravado pelo fato de o vizinho mais próximo dos dois países, a China, ocupar o primeiro lugar no setor de construção naval, produzindo "mais de metade dos navios mercantes em todo o mundo".
Enquanto a China teve pedidos para a construção de 1.794 navios comerciais de grande porte, os EUA só tiveram cinco, com seu setor de construção naval sendo responsável por menos de 1% das embarcações comerciais do mundo.
"Veja a diferença na construção naval entre os Estados Unidos e a China, que [é] profundamente preocupante. Temos que nos sair melhor nessa área ou não seremos a grande potência naval que precisamos ser no século XXI", cita o artigo o vice-secretário de Estado norte-americano Kurt Campbell.
Perdendo o título de detentor da maior Marinha do mundo para a China, segundo a agência, os Estados Unidos estão procurando investimentos de seus aliados da Ásia em suas próprias instalações de construção naval, tendo recentemente vendido o antigo estaleiro da Marinha na cidade da Filadélfia à empresa sul-coreana Hanwha Ocean Co.
Além disso, a Bloomberg observa que em julho, os EUA, o Canadá e a Finlândia anunciaram um plano para construir conjuntamente quebra-gelos para competir com a China e a Rússia no Ártico.
Por último, a Rússia relatou anteriormente que o Brasil, entre outros, manifestou interesse na criação de um centro científico e educacional internacional no arquipélago de Svalbard (Spitsbergen, na denominação russa).
Porém, o setor de construção naval dos EUA está obviamente muito longe do que se precisa para competir com os gigantes da Ásia-Pacífico, segundo a mídia.
"Mesmo com o apoio da Hanwha e possivelmente de outras empresas asiáticas, os EUA levarão anos para aumentar sua capacidade e reduzir os custos de forma significativa o suficiente para melhorar um setor que continua sendo uma fração minúscula do da China", afirma o artigo.