Programa da China exibe como seria um ataque do ELP para tomar o controle de Taiwan, diz mídia
09:48 17.09.2024 (atualizado: 10:23 17.09.2024)
© AP Photo / Wei PeiquanTreinamento marítimo China em Taiwan
© AP Photo / Wei Peiquan
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Ataque de helicópteros em larga escala, foguetes de longo alcance e guerra eletrônica sofisticada por forças navais são destacados em documentário exibido pela televisão estatal chinesa.
De acordo com o South China Morning Post, o último episódio de uma série de documentários Quenching, na madrugada de segunda-feira (16), incluiu filmagens de exercícios das forças terrestres, Marinha e uma brigada de foguetes do Exército de Libertação Popular (ELP), bem como um relato completo de como um desembarque anfíbio seria realizado em Taiwan.
Entre as operações em destaque estavam um ataque aéreo de helicópteros em larga escala pela unidade de aviação da Força Terrestre, contramedidas eletrônicas antiacesso de um grupo de ataque de porta-aviões e um exercício de cobertura de fogo de foguetes de longo alcance.
Apesar de não dar detalhes de como drones de reconhecimento e ataque seriam usados para ajudar os helicópteros a levar tropas de desembarque para a ilha, o documentário, que tem duração de 20 minutos, mostra o apoio aéreo levando homens-rãs o mais perto possível da costa das áreas de desembarque visadas.
No exercício filmado em um campo de aviação com posições de pouso especialmente projetadas, o ELP pode ser visto implantando iscas infravermelhas e realizando manobras de evasão, bem como disparando mísseis em uma tentativa de derrubar as defesas antiaéreas inimigas.
Recentemente, Taiwan comprou 250 mísseis FIM-92 Stinger MANPADS dos EUA e, no início deste mês, anunciou planos para adquirir mais 1.985.
Espera-se ainda que os militares de Taiwan recebam seu primeiro lote de 11 sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade M142 e munição associada neste ano.
A China vê Taiwan como parte inalienável de seu território, situação reconhecida por inúmeros países, inclusive pelos EUA através de documentos. Entanto, Washington se opõe a qualquer tentativa de mudar o status quo pela força e é o maior fornecedor de armas da ilha, fazendo visitas constantes a Taipé à revelia de Pequim.