Esses submarinos se tornaram os maiores do mundo em tonelagem, com 23.200 toneladas de deslocamento e 48 mil toneladas de deslocamento submerso, sendo o seu tamanho prodigioso uma necessidade, e não uma espécie de ostentação.
Os Akulas, projetados como resposta aos submarinos americanos da classe Ohio, estavam armados com 20 mísseis balísticos R-39. Esses mísseis, embora possuíssem maior alcance e carga útil do que os mísseis Trident-I transportados pelos submarinos de Ohio, também eram muito maiores e mais pesados do que o Trident, exigindo um porta-aviões mais espaçoso.
Com quase 173 metros de comprimento e 23,3 metros de largura, um Akula é composto por cinco cascos de pressão habitáveis, cada um deles encerrado no grande casco externo, configuração que garante a capacidade de sobrevivência do submarino.
Além dos 20 mísseis balísticos R-39 — cada um dos quais possui até dez veículos múltiplos de reentrada independentes (MIRV) —, o navio também está equipado com seis tubos de torpedo de 533 mm capazes de lançar torpedos e mísseis antissubmarino.
O design do Akula permite que o submarino passe por gelo de até 2,5 m de espessura ao emergir sem danos.
O tamanho e a massa dos mísseis R-39 — 16 metros de comprimento e 84 toneladas cada — exigiram a construção de guindastes especiais, capazes de levantar essas armas e carregá-las no submarino.
Também foi fabricado o navio de transporte especial equipado com guindaste de carregamento de 125 toneladas. Esse navio poderia recarregar os lançadores de mísseis do Akula em alto-mar, no caso de uma guerra nuclear em que fosse provável a destruição das instalações de carga nos portos.