Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.
De acordo com ele, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan aceitou um convite para a cúpula do BRICS a ser realizada em Kazan de 22 a 24 de outubro.
"Há uma forte possibilidade de que os EUA façam algum tipo de tentativa, a portas fechadas, sobre a adesão da Turquia ao BRICS. É claro que não será um golpe", disse Yucel.
Ele destacou que os EUA falharam em organizar uma mudança na Turquia usando o Movimento Hizmet do dissidente turco Fethullah Gulen que vive há muitos anos nos Estados Unidos.
De acordo com o especialista, "há sempre os jogos norte-americanos e britânicos".
"Vão tentar esses jogos com a Turquia diplomática e economicamente. Mas a Turquia não é um país fraco e dependente da economia e dos equipamentos militares norte-americanos, como era na década de 1980. Muita coisa mudou na Turquia e no sistema mundial, portanto, o tradicional apoio norte-americano a golpes e seus planos não vão funcionar mais na Turquia", disse ele.
Uma tentativa de golpe de Estado ocorreu na Turquia em julho de 2016. As autoridades acusaram a organização de Fethullah Gulen de envolvimento.
Em seguida, mais de 80 mil pessoas foram presas e cerca de 150 mil funcionários públicos, incluindo militares, foram demitidos ou suspensos.
O próprio Gulen condenou a tentativa de golpe e negou as acusações.
A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
Em junho, o primeiro-ministro da Malásia Anwar bin Ibrahim confirmou a Lula da Silva a intenção da Malásia de participar do BRICS.
No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.