Além do Brasil, Macron defendeu a entrada da Índia, da Alemanha e do Japão. Há décadas a diplomacia brasileira tem defendido que países do Sul Global passem a fazer parte do conselho. Na abertura da assembleia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a criticar a ausência de representantes da América Latina e África.
"A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial", disse na ocasião.
Além da França, os outros membros permanentes são China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, que possuem poder de veto nas votações. Também há membros rotativos, como foi o Brasil em diversas ocasiões, mas sem a prerrogativa de veto.
"Temos um Conselho de Segurança que está bloqueado de acordo com interesses de seus membros. A França é favorável a expandir o conselho para incluir a Alemanha, o Japão, o Brasil e a Índia como membros permanentes, assim como dois países que a África escolha para a representar", declarou Macron, que também sugeriu limitar o poder de veto em "casos de crimes em massa".
Atuação limitada do CSNU
Em junho, o Conselho de Segurança chegou a aprovar uma resolução de cessar-fogo promovida por Israel na Faixa de Gaza. Porém nada foi concretizado, diante de impasses entre o governo israelense e o Hamas.
Com a escalada das tensões no Líbano, após ataques massivos de Tel Aviv nas últimas semanas, o grupo volta a se reunir na quinta-feira (26) para discutir a situação. O temor é de uma guerra total no Oriente Médio.