No contexto do cansaço da população, o jornal também sublinha o fato de que, quanto mais esgotada estão as pessoas no país, pior é a situação dos militares ucranianos na linha de frente, já que muitos deles dependem "de doações de civis para a compra dos equipamentos necessários".
"Após cerca de dois anos e meio de conflito, com poucas perspectivas de uma vitória completa no horizonte e uma série de reveses no campo de batalha nos últimos meses, as pessoas estão chegando ao seu limite", diz o artigo.
Embora as autoridades ucranianas declarem que o povo ucraniano não quer conversas com a Rússia, o jornal admite que "pesquisas de opinião indicam um aumento do número de pessoas dispostas a fazer compromissos difíceis" para pôr fim ao conflito armado.
Além disso, até 57% dos cidadãos ucranianos estão prontos para fazer concessões territoriais a Moscou, particularmente as regiões que já viraram parte da Rússia e a Crimeia.
Moscou lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo Vladimir Putin disse que seu objetivo é "proteger as pessoas que foram submetidas a abuso e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
De acordo com ele, a Rússia vem tentando há 30 anos chegar a um acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os princípios de segurança na Europa, mas, em resposta, tem enfrentado mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto, nesse meio tempo, apesar dos protestos de Moscou, a aliança tem se expandido constantemente e se aproximado das fronteiras da Rússia.