"Dado o avanço e a proeminência desses países na área tecnológica, esses atores são essenciais para sentar junto no plano internacional e promover uma discussão que leve em consideração nossas prioridades como países em desenvolvimento", comentou ele. "Agrupamentos como o BRICS e G20 nos ajudam muito a aproximar, trazer essas melhores experiências para discussão, aprofundamento e eventual absorção."
"No nosso caso, o participante brasileiro é o CPQD, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, que fica sediado em Campinas. E assim como o Brasil, os outros países oferecem seus centros para fazer trocas de experiências, desenvolver projetos comuns de pesquisa na área de telecomunicações."
"Esses membros tiveram a aprovação no ano passado e já se juntaram às reuniões técnicas e ministeriais. Os Emirados Árabes e Arábia Saudita também têm iniciativas muito interessantes nas áreas de telecomunicações e desenvolvimento de TICs [Tecnologias da Informação e Comunicação]. Exemplo disso é que os Emirados constituíram o primeiro ministério para inteligência artificial de que se tem notícia no mundo", contou.
"[…] São, sem dúvida nenhuma, temas extremamente importantes, e ficaria muito feliz de vê-los também na declaração presidencial. Espero que ela faça menção aos temas que nós tratamos no grupo de economia digital", comentou ele. "Acho que vamos ter uma declaração final, tanto no G20 quanto no BRICS, muito sensível a esses pontos, espero que sim."
"[…] Existe uma diferença entre conectividade e conectividade significativa, que é um tema que o Brasil levou para o G20 e que pretende continuar discutindo aqui no BRICS e no plano internacional como um todo. Ou seja, é fazer a Internet chegar às pessoas, mas chegar de uma forma que seja realmente produtiva, que seja segura, que seja com uma cobertura, uma disponibilidade ideal, que seja com os equipamentos ideais e a preços adequados, justos", defendeu.
"Seja por meio de financiamento, como fundo de universalização de telecomunicações, ou por outros instrumentos regulatórios disponíveis na mão do Estado, para fazer a população realmente ter acesso e fazer o uso mais adequado e mais produtivo possível dessas tecnologias digitais."