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BRICS está se fortalecendo porque seus membros respeitam os 'interesses soberanos', diz analista
BRICS está se fortalecendo porque seus membros respeitam os 'interesses soberanos', diz analista
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Depois que o presidente russo Vladimir Putin destacou o comércio da Rússia com os países do BRICS no 9º Fórum Econômico do Oriente, especialistas consultados... 06.09.2024, Sputnik Brasil
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Mauricio Alonso Estevez, mestre em relações internacionais da Universidade Autônoma Metropolitana do México, acredita que o BRICS, originalmente formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem sucesso porque está "respondendo às novas realidades econômicas e políticas internacionais" e por causa dos projetos de infraestrutura que está promovendo por meio de seu Novo Banco de Desenvolvimento.Estevez enfatizou que o bloco BRICS está promovendo um processo de aproximação econômica e política "extrarregional", o que o torna atraente diante de um "Ocidente cada vez mais intrusivo nos assuntos internos e mais agressivo", com o uso de sanções econômicas ou a imposição do dólar, para garantir a hegemonia dos Estados Unidos. O tema foi destacado durante a sessão "BRICS ampliado: novos fatores de estabilidade global" do fórum.Ele também apreciou a organização do Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok apontando que formar um mundo multipolar é "um dos principais eixos da política externa russa".Enquanto isso, Imelda Ibáñez Guzmán, especialista em história diplomática da Rússia e sua política externa na Universidade Estatal de São Petersburgo, destacou que o BRICS busca equilibrar os processos de política internacional e atualmente é um dos "fatores-chave" nessa área.Ele também destacou a relevância das exportações russas de hidrocarbonetos como parte essencial de sua cooperação comercial internacional.A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita. No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.
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BRICS está se fortalecendo porque seus membros respeitam os 'interesses soberanos', diz analista
11:21 06.09.2024 (atualizado: 07:52 09.09.2024) Depois que o presidente russo Vladimir Putin destacou o comércio da Rússia com os países do BRICS no 9º Fórum Econômico do Oriente, especialistas consultados pela Sputnik consideraram que o bloco conseguiu se fortalecer politicamente graças ao respeito que existe pela soberania de cada um de seus membros.
Mauricio Alonso Estevez, mestre em relações internacionais da Universidade Autônoma Metropolitana do México, acredita que o BRICS, originalmente formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem sucesso porque está "respondendo às novas realidades econômicas e políticas internacionais" e por causa dos projetos de infraestrutura que está promovendo por meio de seu Novo Banco de Desenvolvimento.
"[No BRICS], os laços têm se fortalecido cada vez mais a nível político, mas com respeito aos interesses soberanos dos diferentes países, ou seja, são respeitadas as condições de seus sistemas políticos, de suas dinâmicas internas e se fomenta a cooperação internacional", afirmou o pesquisador.
Estevez enfatizou que o bloco BRICS está promovendo um processo de aproximação econômica e política "extrarregional", o que o torna atraente diante de um "Ocidente cada vez mais intrusivo nos assuntos internos e mais agressivo", com o uso de sanções econômicas ou a imposição do dólar, para garantir a hegemonia dos Estados Unidos. O tema foi destacado durante a sessão "BRICS ampliado: novos fatores de estabilidade global" do fórum.
Ele também apreciou a organização do Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok apontando que formar um mundo multipolar é "um dos principais eixos da política externa russa".
Enquanto isso, Imelda Ibáñez Guzmán, especialista em história diplomática da Rússia e sua política externa na Universidade Estatal de São Petersburgo, destacou que o BRICS busca equilibrar os processos de
política internacional e atualmente é um dos "fatores-chave" nessa área.
Ele também destacou a relevância das exportações russas de hidrocarbonetos como parte essencial de sua cooperação comercial internacional.
"O objetivo do grupo BRICS é levar o esquema político internacional à multipolaridade, ou seja, que não haja apenas uma potência hegemônica que detém todo o poder e impõe suas posições em termos políticos e econômicos", disse ele.
A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro deste ano. Nessa data, além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, entraram no bloco os novos países-membros: o Egito, a Etiópia, o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita. No dia 20 de agosto, o Azerbaijão solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS.
Recentemente, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov confirmou que a Turquia havia se candidatado a membro pleno do BRICS e que o pedido está sendo analisado.
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