O jornal diz que, enquanto o alistamento nas Forças Armadas da Rússia ocorre, na maiora, por o Estado oferecer grandes bônus e salários generosos, a Ucrânia, por meio da recente lei da mobilização, recruta cerca de 30.000 soldados por mês.
Assim, os soldados são pouco treinados, pouco motivados e despreparados psicológica e fisicamente. Como resultado, estão sendo mortos em um ritmo alarmante, afirmam os comandantes ucranianos.
"Quando os novos caras chegam à posição, muitos deles fogem após a primeira explosão de projétil", cita o artigo, um comandante do Exército da Ucrânia, que luta perto de Ugledar, a cidade que as tropas ucranianas estão perdendo sob o avanço da Rússia.
Os militares entrevistados pelo artigo lamentam também que de 50 a 70% dos recém-mobilizados não sobrevivem nos primeiros dias na linha de frente.
Além disso, os interlocutores do jornal disseram que os novatos não recebem um treinamento de combate adequado: os instrutores não têm experiência de combate e treinam sem munição, por causa da escassez.
"Alguns deles não sabem nem mesmo segurar seus rifles. Eles descascam melhor batatas do que atiram balas", disse um militar.
A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 em resposta aos apelos das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) por proteção contra os bombardeios e ataques das tropas ucranianas.
O presidente russo Vladimir Putin disse que seu objetivo é "proteger as pessoas que foram submetidas a abuso e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
De acordo com ele, a Rússia vem tentando há 30 anos chegar a um acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os princípios de segurança na Europa, mas, em resposta, tem enfrentado mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto, nesse meio tempo, apesar dos protestos de Moscou, a aliança tem se expandido constantemente e se aproximado das fronteiras da Rússia.