Ishiba, de 67 anos, já tinha exercido o cargo de ministro da Defesa e, segundo o artigo, esta nomeação arrisca aumentar ainda mais as tensões com a China.
"Durante a campanha, Ishiba enfatizou a necessidade de aumentar a capacidade defensiva do Japão e lançou a ideia de criar um acordo de segurança coletiva no estilo da OTAN asiática para melhor impedir a agressão de países como a China e a Coreia do Norte", diz a Bloomberg.
Nesse contexto, o artigo ressalta que o novo líder vai ter que lidar com qualquer presidente eleito dos EUA, uma vez que os Estados Unidos, que têm posicionados cerca de 55 mil soldados no Japão, são o único aliado militar do Japão.
Na verdade, a região da Ásia-Pacifico já possui um bloco militar semelhante, o pacto AUKUS, que foi criado pela Austrália, Reino Unido e Estados Unidos em 15 de setembro de 2021.
Há pouco tempo, o ministro da Defesa canadense Bill Blair disse que seu país está em negociações para participar do AUKUS.
Os participantes nunca fizeram segredo de que o objetivo principal do bloco militar é se opor à China na região da Ásia-Pacífico.
No quadro do AUKUS, os EUA planejam entregar submarinos de propulsão nuclear à Austrália, suscitando diversas questões, já que a Austrália é uma zona livre de armas nucleares.
Pequim expressou repetidamente sua irritação com a criação e a possível expansão do AUKUS.
A chancelaria chinesa apontou que a participação dos países da região no confronto de blocos vai contra as tendências da época.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, por sua vez, disse que a Rússia vai procurar garantir que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) controle totalmente as atividades do AUKUS na questão da implantação de componentes de armas nucleares na região da Ásia-Pacífico.