Segundo informações do jornal, antes do assassinato do líder do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, as autoridades de Israel receberam informações sobre sua chegada aos subúrbios sul de Beirute.
"Os israelenses foram informados à tarde por um informante iraniano sobre a chegada iminente do líder xiita", diz o artigo.
Por sua vez, a agência de notícias Reuters especifica que Nasrallah pode ter sido morto pela onda de choque da explosão.
"Seu corpo não apresentava ferimentos diretos e parecia que a causa da morte foi um traumatismo de tipo concussão causado pela força da explosão", disseram duas fontes da agência.
Intensificação do conflito entre Israel e o Hezbollah
Desde o ataque do movimento palestino Hamas a Israel em outubro de 2023, o movimento xiita libanês Hezbollah tem bombardeado o norte do país regularmente, de acordo com as autoridades israelenses, matando dezenas de civis.
O Hezbollah atribui isso à solidariedade com o povo palestino e diz que os bombardeios vão cessar com o fim da guerra na Faixa de Gaza, que era controlada pelo Hamas.
Após as explosões de milhares de dispositivos de comunicação por todo o Líbano em 17 e 18 de setembro, matando dezenas de pessoas e ferindo cerca de 3.000, ocorreu outra escalada, com o aumento da intensidade dos bombardeios de ambos os lados.
A Força Aérea Israelense lançou ataques massivos contra assentamentos no sul e no leste do Líbano a partir da manhã de 23 de setembro, anunciando uma operação ofensiva chamada Flechas do Norte.
Dezenas de vilarejos e vários assentamentos regionais foram atacados. De acordo com observadores, não havia ataques tão intensos desde a Segunda Guerra do Líbano, em 2006.
Em 27 de setembro, como resultado de um ataque aéreo a Beirute, o secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto junto com vários comandantes de alto escalão.
As tensões estão aumentando em meio a declarações de que Israel está preparando uma operação terrestre no Líbano.