Os futuros do petróleo bruto WTI (um fluxo de petróleo bruto produzido nos EUA) para novembro subiram para US$ 69,4 (R$ 378,17) por barril às 10h00 GMT (07h00, horário de Brasília). Por sua vez, o Brent, que marca a referência nos mercados europeus, ultrapassou os US$ 72,8 (R$ 396,70) por barril na ocasião.
No entanto, ambos os tipos de petróleo caíram de preço nos últimos dias de setembro: o Brent 3,4% e o WTI 4%.
A razão para a queda dos preços foi a perspectiva de uma quase recuperação na produção de petróleo da Líbia e a especulação generalizada de que a Arábia Saudita aumentaria a sua produção de petróleo, bem como a remoção gradual das restrições voluntárias da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais associados) à produção de petróleo a partir de 1º de dezembro.
No entanto, a preocupação dos mercados com possíveis interrupções no fornecimento no contexto dos constantes bombardeios israelenses contra o Líbano e do assassinato do líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, fez com que os preços do petróleo recuperassem alguns pontos percentuais da sua queda, embora alguns analistas não subestimem o impacto desses eventos.
"Acreditamos que alguns intervenientes no mercado petrolífero ignorarão esta escalada, dado que ainda não houve uma grande interrupção no fornecimento físico e que o Irã não demonstra interesse em entrar neste conflito que já dura quase um ano", disse a especialista da RBC Capital Markets, Helima Croft, citada pela Reuters.
O petróleo também é apoiado pelas notícias provenientes da China, onde o índice de atividade empresarial (IGC) do setor industrial subiu em setembro para o nível mais elevado em cinco meses, 49,8 pontos, e o IGC da indústria, de 49,1 em agosto para 49,8 em setembro.
Da mesma forma, anteriormente, as autoridades chinesas anunciaram outro pacote de estímulo fiscal para atingir a meta de crescimento econômico de 5% ao ano, o que deverá impulsionar o crescimento da procura de energia.
Por último, o mercado aguarda notícias sobre o futuro da política monetária norte-americana, uma vez que se a Reserva Federal dos EUA (Fed) continuar a baixar as taxas de juro em 2024 e no próximo ano, a economia dos EUA "poderá acelerar, e com isso a procura de energia aumentará", prevê o portal Oilcapital.