Bezpalko indica que os Estados Unidos agora não estão prestando assistência ativa nem à Ucrânia, nem a Israel, uma vez que estão repensando a estratégia de relações com os "agentes externos" diante da corrida eleitoral em seu país.
A Ucrânia recebe dos EUA apenas ajuda convencional que, ainda assim, permanece bastante significativa, enquanto Israel obtém munições.
"Mas não há previsão de mudanças em grande escala na Ucrânia ou em relação a Israel antes das eleições, antes que um determinado candidato chegue ao poder", disse Bezpalko.
Ele enfatizou que os ataques do Irã contra Israel não são um ato de declaração de guerra.
Se fossem, cada um dos mísseis carregaria uma ogiva nuclear ou armas químicas, mas então haveria uma intervenção na guerra por parte dos EUA e de outros países.
Neste momento, as trocas de ataques não passam de atos de demonstração que servem só para salvar a face tanto de Israel quanto do Irã.
"Israel eliminou [o líder do movimento libanês Hezbollah] Hassan Nasrallah. O Irã precisava reagir ou perderia a credibilidade, por isso atacou Israel, causando alguns danos ao país. Aparentemente, houve danos, afinal. [...] Mas ainda não é um ato de uma guerra em grande escala", concluiu o especialista.
Na terça-feira (1º), as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que o Irã disparou cerca de 180 mísseis contra Israel, muitos dos quais, segundo as FDI, foram interceptados.
Enquanto isso, vídeos nas mídias sociais registraram os impactos em diferentes partes de Israel.
O ataque matou uma pessoa em Israel, que era um imigrante ilegal da Faixa de Gaza.
O serviço de emergência médica relatou vários casos de ferimentos leves por estilhaços e ferimentos a caminho dos abrigos.
O chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, disse que a decisão de lançar ataques retaliatórios agora cabe a Israel.
O Irã, por outro lado, advertiu Israel contra novas agressões, avisando que, se as provocações israelenses se repetirem, a resposta do Irã será ainda mais poderosa.