As taxas propostas sobre veículos elétricos fabricados na China de até 45% custariam bilhões de dólares extras às montadoras para trazer carros para o bloco e devem ser impostas a partir do mês que vem por cinco anos.
O órgão europeu disse que pretende combater o que considera "subsídios chineses injustos" após uma investigação antissubsídios de um ano, ao mesmo tempo, afirmou que continuaria as negociações com Pequim.
No entanto, Berlim, maior economia do bloco, votou contra a imposição de tarifas sobre veículos elétricos fabricados na China, disse uma fonte da União Europeia à Reuters nesta sexta-feira (4).
Já Pequim pediu à UE que adie a implementação de tarifas sobre veículos elétricos e evite o aumento dos atritos comerciais, informou a mídia estatal. A Câmara de Comércio da China com a UE expressou em uma declaração, forte insatisfação, afirmando que o bloco europeu promove medidas de "protecionismo comercial".
Na visão do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, a União Europeia está caminhando para uma "Guerra Fria econômica" ao optar por aprovar as tarifas. As taxas adicionais representam uma "enorme ameaça" para a Hungria, que depende muito da exportação de veículos elétricos alemães movidos a baterias chinesas, disse Orbán, segundo a Bloomberg.
O governo húngaro trabalhou no conceito de "neutralidade econômica" em uma reunião de gabinete de dois dias nesta semana, cujo objetivo é manter fortes laços econômicos com economias orientais como a da China, mesmo que a economia global "se divida em blocos", afirmou o premiê, sem entrar em detalhes.