Panorama internacional

Perto da marca de 1 ano de guerra, quase 60% da Faixa de Gaza foi danificada ou destruída

Ataques aéreos e operações terrestres israelenses devastaram a Faixa de Gaza desde o ano passado, destruindo infraestrutura essencial e a vida cotidiana dos palestinos.
Sputnik
À medida que a guerra se estende e se expande para o sul do Líbano, a crise humanitária está piorando no enclave, onde mais de 41.600 palestinos foram mortos desde 7 de outubro, após o ataque do Hamas, de acordo com autoridades de saúde locais.
Estima-se que 227.591 unidades habitacionais foram danificadas ou destruídas, juntamente com 68% da rede rodoviária do enclave, de acordo com duas análises recentes do Centro de Satélites das Nações Unidas, citadas pela agência Axios.
Embora a taxa de danos e destruição tenha diminuído no início deste ano em partes de Gaza, estima-se que 70% dos edifícios foram danificados ou destruídos no norte do enclave.

"Apenas 17 dos 36 hospitais permanecem parcialmente funcionais, e todos sofrem com a falta de combustível, suprimentos médicos e água limpa", disse a Oxfam nesta semana. A Reuters relata que a insegurança alimentar em Gaza pode piorar devido às novas regras alfandegárias sobre ajuda humanitária.

A agência britânica também afirma que a limpeza dos detritos tóxicos deve levar anos e custar US$ 1,2 bilhão (R$ 6,5 bilhões), mas precisa começar logo para salvar vidas.
As Nações Unidas estimam que haja mais de 42 milhões de toneladas de entulho, incluindo edifícios destruídos que ainda estão de pé e prédios destruídos.
Isso é 14 vezes a quantidade de escombros acumulados em Gaza entre 2008 e o início da guerra há um ano, e mais de cinco vezes a quantidade deixada pela Batalha de Mosul de 2016-17, no Iraque, disse a ONU.
Panorama internacional
Mídia: Gaza tem quase 40 milhões de toneladas de escombros, diz ONU; limpeza levaria 15 anos
Empilhado, ele encheria a Grande Pirâmide de Gizé – a maior do Egito – 11 vezes. E está crescendo diariamente.
Entrevistado pela Reuters nas ruínas de sua casa de dois andares, Mohammed, de 11 anos, reúne pedaços do telhado caído em um balde quebrado e os tritura até formar cascalho, que seu pai usará para fazer lápides para as vítimas da guerra de Gaza.
"Nós pegamos os escombros não para construir casas, não, mas para lápides e sepulturas — de uma miséria para outra", diz seu pai, o ex-trabalhador da construção civil Jihad Shamali, 42, enquanto corta o metal recuperado de sua casa na cidade de Khan Younis, no sul, destruída durante um ataque israelense em abril.
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