"A nova medida [dos EUA] não se justifica porque é apresentada precisamente em uma altura em que as travessias não são tão numerosas. É por isso que assumimos que a medida não é para desencorajar a migração e os pedidos de refugiados, mas sim como parte de uma estratégia eleitoral", comentou Juan Daniel Garay Saldaña, mestre em estudos México-Estados Unidos pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), em entrevista à Sputnik.
"Eles obviamente apresentam uma medida eleitoral, do meu ponto de vista. O presidente Biden quer atrair votos dos conservadores com este tipo de medidas, passando a mensagem de que estão abordando questões urgentes de imigração e tentando atrair esses indecisos ou conservadores para tentar inclinar a eleição a favor de Kamala Harris", acrescenta Garay Saldaña.
A migração e os EUA
"Insistimos em pensar em outras formas e outras propostas para entrar regularmente tanto nos Estados Unidos quanto no México. Restrições, militarização, contenção, detenção [...]. Tudo isso resulta em mortes, crimes", disse Mauro Pérez Bravo, coordenador da Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Episcopal Mexicana e ex-presidente do Conselho Cidadão do Instituto Nacional de Migrações (CCINM) em entrevista.
"É por isso que é melhor insistir em compromissos internacionais para promover rotas regulares, pactos para uma migração ordenada, segura e regular e pactos sobre refugiados. Em questões de relacionamento do México com os Estados Unidos em questões de imigração, devemos pensar em formas de regular acesso", concluiu Pérez Bravo.