"É um escândalo abominável, mas não é novo. Sabemos que essa dupla moral que reina na política externa estadunidense se reflete internamente na sociedade, na tentativa de apagar os rastros criminosos daqueles que têm alguma utilidade para esse jogo imperialista. Veja também a dificuldade que foi até agora para apurar o papel do filho do Joe Biden na Ucrânia", declara.
"A famosa causa ucraniana tem se tornado cada vez mais superficial e afastada da realidade estadunidense. A popularidade da guerra da Ucrânia despenca nos Estados Unidos em dois polos — primeiro, pela falta de resultados positivos no campo de batalha e, segundo, por conta da quantidade enorme de dinheiro que está sendo mandado para a Ucrânia. O recurso que faz falta nos Estados Unidos, onde uma inflação teima em ser grande e cobra um preço muito caro da população sobre custo dos serviços básicos, tem aumentado cotidianamente."
EUA e a dupla moral na política
"O que eles pregam no campo teórico não ocorre na prática. A política do país visa respaldar o imperialismo e os interesses políticos econômicos estadunidenses. Eles não têm a menor responsabilidade com nada e, ao mesmo tempo, usam sua grande máquina midiática para camuflar tudo isso. Buscam iludir e transferir seus delitos para os desafetos. Ao mesmo tempo, mostra o nível de desespero em que se encontra o país para recorrer a coisas tão baixas para enganar a opinião pública sobre a Ucrânia, por exemplo", argumenta.
Qual é o conceito de imperialismo?
"O país não vê ninguém como parceiro ou sócio, mas tem uma visão de que o resto do mundo está subordinado aos seus interesses. E aqueles que negam isso são tratados como inimigos, além de serem sabotados, bloqueados e sancionados. Os Estados Unidos nunca admitiram relação de paridade com nenhum país do mundo", resume Pitillo.