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Venezuela, OPEP e BRICS+: uma aliança que poderia desafiar a hegemonia energética do Ocidente?
Venezuela, OPEP e BRICS+: uma aliança que poderia desafiar a hegemonia energética do Ocidente?
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No âmbito da visita oficial do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Haitham al-Ghais, à Venezuela, o governo venezuelano... 09.10.2024, Sputnik Brasil
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A ministra do Petróleo da Venezuela, Delcy Rodríguez, juntamente com al-Ghais, liderou uma reunião importante com a classe trabalhadora da indústria petrolífera, destacando a importância desta abordagem para consolidar estratégias comuns que fortaleçam a estabilidade do mercado petrolífero global. Para o doutor em Segurança, Defesa e Desenvolvimento Integral, Vladimir Adrianza Salas, em entrevista à Sputnik, destacou que o eixo principal da visita de al-Ghais à Venezuela girou em torno da estabilidade do mercado de petróleo, questão crucial para a OPEP em meio a uma crise global marcada pela incerteza. Além destes pontos, Adrianza considera que há temas de grande interesse que certamente farão parte da agenda de trabalho conjunto, como o impacto das sanções ocidentais na produção petrolífera nacional, o papel da empresa ExxonMobil na fachada atlântica venezuelana, bem como "a política tradicional em defesa dos níveis de produção e da evolução do mercado energético global". O especialista também enfatizou o papel dos Estados Unidos na criação do caos global para preservar a sua hegemonia, referindo-se aos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, bem como às tensões na Ásia e alertou — sobretudo no contexto da guerra de Israel contra o Hamas e o Hezbollah — sobre as possíveis repercussões nos preços do petróleo bruto. "Se o conflito no Oriente Médio se espalhar, poderá afetar significativamente os preços do petróleo", afirmou. Um dos grandes desafios para a Venezuela continua sendo as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), que limitaram severamente a capacidade do país de comercializar o seu petróleo nos mercados internacionais. No entanto, Adrianza destacou que, apesar das dificuldades, o país tem conseguido manter algumas vendas graças aos seus instrumentos legais, como a Lei Antibloqueio. Adrianza considerou que os Estados Unidos manteriam o seu interesse no petróleo bruto venezuelano porque embora fosse possível "que a produção de óleo de xisto naquele país pudesse atingir um aumento nos seus níveis para os anos 2025 a 2027", em Washington estão cientes de que "os padrões de refino de muitas refinarias nos Estados Unidos estão focados no processamento de petróleo bruto venezuelano médio e pesado". Aqui, considera o especialista, está a ação do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) de conceder à Chevron "a prorrogação da licença para continuar a extrair petróleo bruto venezuelano até abril de 2025". O especialista observou ainda que não é esperada uma mudança na política de sanções ocidental no curto prazo, dado que as recentes tensões políticas relacionadas com as eleições na Venezuela reforçaram a posição de Washington e Bruxelas contra Caracas. No entanto, segundo Adrianza, a potencial incorporação da Venezuela ao bloco BRICS+ poderá alterar significativamente o equilíbrio energético global, especialmente no que diz respeito à hegemonia dos EUA no controle do mercado petrolífero. O fato de países como a Arábia Saudita terem começado a reconsiderar o comércio de petróleo em moedas diferentes do dólar americano reforça a importância dos BRICS+ na nova geopolítica energética. Em um contexto de sanções e tensões geopolíticas, o especialista conclui que a Venezuela deve procurar se posicionar em um cenário internacional em transformação, onde a cooperação com blocos emergentes e alianças estratégicas será fundamental para garantir a sua estabilidade e desenvolvimento a longo prazo.
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Venezuela, OPEP e BRICS+: uma aliança que poderia desafiar a hegemonia energética do Ocidente?
09:31 09.10.2024 (atualizado: 10:51 09.10.2024) No âmbito da visita oficial do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Haitham al-Ghais, à Venezuela, o governo venezuelano intensificou o seu compromisso com o fortalecimento da cooperação energética internacional. A Sputnik conversou com um especialista para compreender melhor seus reflexos para o país.