Panorama internacional

Especialista aponta benefícios para o BRICS da introdução de moedas digitais

A transição para moedas digitais entre os países-membros do BRICS não apenas permitirá a simplificação dos pagamentos, mas também os tornará mais baratos, afirmam especialistas à Sputnik.
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À medida que os pagamentos em dólares se tornam cada vez mais uma alavanca de pressão política, os participantes do BRICS buscam ativamente formas alternativas de pagamento das transações comerciais. Por exemplo, a Rússia já garantiu legalmente a possibilidade de usar moedas digitais no comércio exterior em um regime jurídico experimental.
Além disso, a maioria dos membros do bloco já testa ativamente moedas digitais de bancos centrais. O Banco da Rússia espera que a implementação em massa do rublo digital comece em julho de 2025. Os outros países também estão avançando: a Índia e a China já realizam operações de teste com a rupia digital e o yuan.
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"A vantagem do uso de moedas digitais é que elas estão além dos sistemas de pagamento tradicionais, o que teoricamente possibilita contornar as sanções. No caso das moedas digitais centrais, os pagamentos serão mais baratos. Todas as transações, nesse caso, estarão sob a supervisão do regulador", comentou Andrei Stolyarov, professor associado da Escola Superior de Economia, à Sputnik.

O uso de moedas digitais permite eliminar intermediários das transações, simplificando e reduzindo o custo dos pagamentos: eles são realizados praticamente em tempo real e as taxas serão praticamente inexistentes, acrescenta à Sputnik o especialista industrial Leonid Khazanov.
"Simultaneamente, as transações baseadas nessas moedas serão difíceis de rastrear pelas autoridades financeiras dos EUA e da União Europeia, no quadro de sua política de pressão sancionatória sobre a Rússia, que visa reduzir ou impedir as receitas das empresas domésticas em operações com contrapartes estrangeiras", explica.
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