É o que avaliou, nesta sexta-feira (11), o presidente da Confederação Nacional das Entidades Líbano-Brasileiras (Confelibra), Rogério Hanna Bassil, durante entrevista na sede da Liga Libanesa do Brasil.
"É verdade que o Líbano se tornou a Faixa de Gaza nestes últimos dez dias. A Faixa de Gaza está destruída. Em Beirute, a mesma coisa. Toneladas de bombas caem no sul do Líbano", afirmou.
Segundo a Confelibra, desde o início da guerra, mais de 2 mil pessoas foram mortas no Líbano, mais de 10 mil ficaram feridas e 1,5 milhão saíram do sul do país, que faz fronteira com Israel, para se refugiar no norte. A infraestrutura do país foi severamente danificada, com hospitais lutando para atender à crescente demanda, e escolas e locais religiosos se transformando em abrigos.
"Condenamos a invasão de Israel no Líbano. Acho que Israel exagerou demais, esse genocídio que está cometendo contra o povo libanês, um povo tranquilo. Atacam lugares para ferir onde eventualmente podem existir soldados do Hezbollah. Para matar um ou alguns membros do Hezbollah, acabam com um quarteirão. Faço um apelo para que assinem um cessar-fogo", complementou Bassil.
Israel e o Oriente Médio
Desde 1º de outubro, Israel vem conduzindo uma operação terrestre contra as forças do movimento Hezbollah no sul do Líbano e continua o bombardeio aéreo do país.
Mais de 2 mil pessoas já foram mortas, incluindo líderes do movimento, e mais de 1 milhão se tornaram refugiadas.
Apesar das perdas, inclusive de comandantes, o Hezbollah está lutando em terra e continua a disparar foguetes contra o território israelense.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia conclamou as partes a cessarem as hostilidades.