"Tudo o que sei é que durante nossa campanha eleitoral em 2022, houve tentativas muito sérias de interferência em nossas eleições. Do outro lado do oceano — muito, muito pesadamente, vamos colocar dessa forma", disse Szijjarto.
De acordo com o ministro, uma interferência muito poderosa foi realizada, com milhões de dólares sendo gastos por entidades norte-americanas para remover o atual governo húngaro.
Apesar do enorme investimento na oposição, o partido Fidesz liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán venceu por uma grande margem, recordou o chanceler.
Ele ressaltou, ainda, que os fundos foram investidos na oposição húngara e na mídia da oposição. "Isso ainda está acontecendo", acrescentou.
Segundo informações do jornal Magyar Nemzet, citando um documento preliminar do escritório de auditoria do Estado húngaro, a coalizão de seis partidos da oposição nas eleições parlamentares na Hungria em abril de 2022 havia recebido pelo menos 4,6 milhões de euros (R$ 28,19 milhões) do exterior.
O ex-candidato a primeiro-ministro húngaro pela oposição, Peter Marki-Zay, disse em um podcast para o jornal Magyar Hang que em meados de junho, vários meses após as eleições, a coalizão de oposição recebeu apoio dos Estados Unidos no valor de "centenas de milhões" de florins, com os quais eles conseguiram pagar "as últimas contas da campanha (eleitoral)".
Conforme o político observou, o dinheiro veio da fundação norte-americana Action for Democracy. De acordo com Marki-Zay, cerca de 100 milhões de florins (mais de US$ 280 mil dólares) permanecerão com a oposição do valor total da campanha de "vários bilhões".
A Action for Democracy é uma organização não governamental criada nos Estados Unidos no início de 2022, cujo conselho consultivo inclui, entre outros membros, o historiador Timothy Garton Ash, a jornalista Anne Applebaum e o cientista político Francis Fukuyama. O presidente e diretor da organização é David Koranyi, conselheiro diplomático do prefeito de Budapeste, Gergely Karacsony, membro ativo da coalizão de oposição.
O partido liderado por Orbán venceu as eleições parlamentares na Hungria, obtendo 135 dos 199 assentos na Assembleia Nacional e manteve uma maioria constitucional pela terceira vez consecutiva.
A coalizão de seis partidos de oposição liderada por Marki-Zay ganhou 57 assentos. Dos sete assentos restantes, seis foram para o movimento de direita Nossa Pátria e um para a Lista Nacional Alemã. Após as eleições, o parlamento húngaro reelegeu Orbán como primeiro-ministro do país, que segue à frente do governo pela quinta vez.