"Quero me dirigir diretamente ao secretário-geral da ONU: é hora de retirar a UNIFIL [Força Interina da ONU no Líbano] dos redutos do Hezbollah e áreas de combate [...] tirar as forças da UNIFIL de perigo. Isso deve ser feito agora mesmo, imediatamente", disse Netanyahu em um discurso em vídeo.
A força da ONU no Líbano acusou as tropas israelenses esta semana de atacar deliberadamente as bases da ONU, no que Guterres disse ser uma violação do direito internacional humanitário.
A UNIFIL disse que um tanque israelense disparou diretamente contra sua sede em Ras Naqoura na quinta-feira (10), atingindo-a e ferindo dois funcionários da ONU. Dois outros soldados da força de paz ficaram feridos na sexta-feira (11) após explosões perto de uma torre de observação.
O primeiro-ministro israelense lamentou que vários soldados da UNIFIL tivessem se colocado em perigo no Líbano, mas culpou o movimento libanês Hezbollah por usar tropas da ONU como um "escudo humano".
"Lamentamos que os soldados da paz da UNIFIL tenham ficado feridos e estamos fazendo tudo o que podemos para evitar isso. Mas a maneira simples e óbvia de evitar isso é tirá-los da zona de perigo", disse Netanyahu.
Ele argumentou que os líderes europeus deveriam criticar o Hezbollah, em vez de Israel, por colocar em risco as vidas dos soldados da paz, acrescentando que a recusa da ONU em retirar os capacetes azuis os tornou reféns do Hezbollah.
Em 1º de outubro, Israel lançou uma operação terrestre contra o Hezbollah no sul do Líbano, enquanto também continuava a trocar ataques aéreos e de foguetes com o movimento xiita. O número de mortos no Líbano por ataques israelenses já ultrapassa 2.000 desde a escalada. Apesar das perdas, o Hezbollah tem lutado contra tropas israelenses no solo e lançado foguetes através da fronteira. Israel diz que seu principal objetivo é criar condições para o retorno de 60.000 moradores que fugiram do bombardeio no norte de Israel.