"Quando a UE começou a treinar tropas ucranianas, nós nos abstivemos construtivamente, não concordamos com essa missão e a consideramos perigosa [...], mas não impedimos outros de realizá-la. Mas agora eles estão propondo que a UE delegue conselheiros militares para Kiev como parte dessa missão. Isso é demais para a linha vermelha", disse Szijjarto a repórteres.
A Hungria não gostaria que a UE criasse o risco de uma nova escalada, acrescentou o ministro.
"Declaramos que não consideramos aceitável o envio de conselheiros militares da UE para Kiev, consideramos muito perigoso e não podemos apoiá-lo", destacou Szijjarto.
Alguns Estados da UE querem combater a atividade dos Amigos da Paz
Na reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE, houve apelos para combater a plataforma Amigos da Paz, mas a Hungria ainda apoia sua criação e pretende participar do trabalho conjunto, disse Szijjarto.
"O grupo Amigos da Paz foi em geral criticado. Houve até quem dissesse que deveríamos lutar contra o grupo 'Amigos do Mundo', que, na minha opinião, é realmente a maior conquista agora. Continuamos a apoiar fortemente a criação de um grupo na ONU e estamos prontos para participar do trabalho conjunto", disse Szijjarto aos repórteres.
Em setembro, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que a China, o Brasil e outros países do Sul Global pretendiam criar a plataforma aberta Amigos da Paz para resolver a crise ucraniana.