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Chefe da União Europeia lamenta apoio da Hungria à iniciativa de Brasil e China para paz na Ucrânia

© AP Photo / Frederic SierakowskiJosep Borrell, chefe das relações exteriores da União Europeia, durante conferência de mídia no âmbito do diálogo Sérvia-Kosovo. Bruxelas, Bélgica, 2 de maio de 2023
Josep Borrell, chefe das relações exteriores da União Europeia, durante conferência de mídia no âmbito do diálogo Sérvia-Kosovo. Bruxelas, Bélgica, 2 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2024
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O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou nesta segunda-feira (30) que a adesão da Hungria à iniciativa promovida por Brasil e China para a paz na Ucrânia viola a unidade do bloco, que até então reconhecia exclusivamente a "fórmula de paz" de Vladimir Zelensky.

"Infelizmente neste assunto a UE já não tem mais unidade, após uma das suas nações, a Hungria, ter feito abertamente a escolha de apoiar a iniciativa sino-brasileira", escreveu Borrell em seu blog.

China e Brasil publicaram em maio um consenso sobre a resolução política da crise ucraniana em seis pontos, que recebeu apoio de mais de 110 países. Em meio à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, ocorreu uma reunião de 15 Estados, incluindo França, Suíça e Hungria, para a formação do grupo "Amigos da Paz", sugerido pelos dois países do Sul Global.
Em junho, foi realizada uma conferência sobre a Ucrânia em Buergenstock, na Suíça, para a qual Moscou não recebeu convite. O Kremlin declarou que buscar opções de saída para a situação do conflito ucraniano sem a participação da Rússia é absolutamente ilógico e sem perspectivas.
O comunicado conjunto ao final da conferência pedia que o controle da usina nuclear de Zaporozhie fosse devolvido a Kiev e continha apelos pela liberdade de navegação nos mares Negro e de Azov, além de trocas e liberação de todos os prisioneiros de guerra.
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O documento ainda mencionou a necessidade de diálogo entre todas as partes para encerrar o conflito. Dos 91 participantes da reunião, apenas 76 apoiaram o comunicado, que não foi assinado por Armênia, Bahrein, Brasil, Índia, Indonésia, Líbia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia e Emirados Árabes Unidos. Posteriormente, Iraque, Jordânia e Ruanda retiraram suas assinaturas do comunicado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apresentou iniciativas para a resolução pacífica do conflito na Ucrânia: Moscou se comprometeria a interromper imediatamente os confrontos e a declarar prontidão para negociações após a retirada das tropas ucranianas dos novos territórios da Rússia.
Acrescentou que Kiev deveria renunciar a qualquer intenção de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), assim como garantir a desmilitarização e a desnazificação do país, que passaria para um status neutro, não alinhado e não nuclear. O líder russo também mencionou a suspensão das sanções contra a Rússia.
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Após o atentado terrorista das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kursk, Putin também considerou impossíveis as negociações com aqueles que "atacam indiscriminadamente civis, a infraestrutura civil ou tentam criar ameaças a instalações nucleares".
Mesmo assim, as propostas de paz de Moscou para a Ucrânia, mencionadas anteriormente pelo líder russo, não foram anuladas. Porém, neste momento, a Rússia não conversará com a Ucrânia.
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