Panorama internacional

EUA implantam THAAD em Israel e 'posam de superiores' ao condicionar mais ajuda à situação em Gaza

Logo após a implantação de componentes de bateria de Defesa de Área de Alta Altitude Terminal (THAAD) para seu aliado, e ressaltando o "compromisso inabalável dos EUA com a defesa de Israel", Washington subitamente julgou que era o momento certo para assumir uma posição moralmente superior.
Sputnik
Os EUA alertaram Israel em uma carta que qualquer ajuda militar adicional pode estar em risco, a menos que a situação humanitária na devastada Gaza melhore.

"Estamos particularmente preocupados que as ações recentes do governo israelense — incluindo a interrupção de importações comerciais, negação ou impedimento de quase 90% dos movimentos humanitários entre o norte e o sul de Gaza em setembro, [...] juntamente com o aumento da ilegalidade e saques — estejam contribuindo para uma deterioração acelerada nas condições em Gaza", dizia uma carta escrita em conjunto pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e pelo secretário de Defesa, Lloyd Austin.

Endereçada ao ministro da Defesa israelense Yoav Gallant e ao ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, ela estabelece medidas que Washington espera que Israel tome, incluindo:
Permitir que um mínimo de 350 caminhões transportando ajuda humanitária entrem em Gaza por dia;
Abrir uma nova quinta travessia;
Implementar pausas humanitárias em Gaza para permitir atividades humanitárias;
Garantir a segurança para comboios e movimentos humanitários;
Assegurar que os corredores das Forças Armadas da Jordânia operem em plena capacidade;
Abrir um novo canal entre os governos dos EUA e de Israel para "levantar e discutir incidentes de danos civis".
A menos que tais medidas sejam tomadas, Israel arrisca violar as leis dos EUA que regem a assistência militar estrangeira, segundo a carta.
Panorama internacional
Pentágono confirma o envio de sistema antimísseis THAAD a Israel; por que ele é tão importante?
O porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, confirmou no domingo (14) que o presidente norte-americano Joe Biden e o chefe do Pentágono Lloyd Austin assinaram a implantação de uma bateria antimísseis THAAD dos EUA e tripulação associada em Israel.
Coincidentemente, um dia após o envio da carta, a agência de Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT) de Israel publicou no X fotos de ajuda humanitária entrando no enclave palestino, dizendo que "Israel não está impedindo a entrada de ajuda humanitária, com ênfase em alimentos, em Gaza".
Os EUA gastaram um recorde de pelo menos US$ 17,9 bilhões (cerca de R$ 101,1 bilhões) em ajuda militar a Israel desde o início da guerra em Gaza, de acordo com um relatório do projeto Costs of War (Custos da Guerra) da Brown University. Outros US$ 4,86 bilhões (aproximadamente R$ 27,4 bilhões) foram canalizados para operações militares intensificadas dos EUA na região desde 7 de outubro de 2023, apontou o relatório.
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