Segundo o último balanço da Enel, responsável pelo serviço na região, "90.830 imóveis continuam sem eletricidade".
O temporal, que aconteceu na última sexta-feira (11), com rajadas de vento de mais de 100 km/h, deixou inicialmente 1,6 milhão de pessoas sem luz.
A situação é normalizada lentamente, à medida que os técnicos conseguem remover as centenas de árvores que caíram sobre a rede elétrica.
O contrato com a companhia segue em vigor até 2028, enquanto cresce a pressão para que o governo estadual rompa o vínculo por "incompetência". No ano passado, outro temporal chegou a deixar milhares de residências sem luz por semanas.
Prejuízo de R$ 150 milhões ao comércio
Somente a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) já contabilizou mais de R$ 150 milhões em prejuízos causados ao setor pela falta de energia elétrica. A entidade chegou a notificar a Enel para que restabeleça o fornecimento de forma urgente.
"Nosso setor é formado por 97% de micro e de pequenos empresários. Essas empresas não têm lucro; elas dependem da receita diária para a própria subsistência. Sabemos que a Enel não controla o vento e a chuva. Contudo, é fundamental que tenha um plano de contingência emergencial para solucionar os problemas num espaço de tempo razoável", disse à Agência Brasil o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.
A entidade representa mais de 500 mil estabelecimentos em São Paulo e Região Metropolitana e, em novembro do ano passado, já havia registrado prejuízo de mais de R$ 500 milhões também pela demora na retomada do serviço após as fortes chuvas.