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Pela 1ª vez, PGR aponta elo entre atos do 8 de Janeiro e golpe discutido por Bolsonaro e aliados

Em documento enviado ao STF, procurador-geral da República diz que elementos indicam que organização criminosa investigada por orquestrar um golpe de Estado foi crucial para a eclosão dos atos de depredação em Brasília.
Sputnik
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou, pela primeira vez, um elo entre um plano de golpe de Estado discutido por aliados de Jair Bolsonaro e os atos de 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília.
A informação foi dada pelo portal UOL, citando documentos sigilosos acessados. Segundo o portal, em um documento enviado em junho ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet afirmou que "os elementos de convicção até então colhidos indicam que a atuação da organização criminosa investigada foi essencial para a eclosão dos atos depredatórios".
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A indicação do elo entre os fatos pode agravar a situação dos acusados, já que até então a defesa dos mesmos sustentava não haver relação entre os atos e o documento encontrado pela Polícia Federal (PF) após o episódio, que ficou conhecido como "minuta do golpe", que comprovou que Jair Bolsonaro planejou com aliados e integrantes das Forças Armadas um golpe de Estado para permanecer no poder, caso fosse derrotado nas eleições presidenciais de 2022.
No documento, Gonet acrescentou que os investigados por envolvimento na tentativa de golpe podem ter de ressarcir os danos causados aos cofres públicos pela depredação, que totalizam R$ 26,6 milhões, sendo R$ 11,4 milhões em danos ao prédio do STF; R$ 9 milhões ao prédio do Palácio do Planalto; R$ 3,5 milhões ao Senado; e R$ 2,7 milhões à Câmara dos Deputados.
O documento apresentado por Gonet ao STF responde a uma solicitação da defesa do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, um dos investigados no processo, que pedia a revogação das medidas cautelares impostas a ele e a restituição de R$ 53 mil reais e artigos de luxo apreendidos em sua residência.
Segundo Gonet, o pedido não pode ser atendido pois os investigados ainda podem ter de ressarcir o valor do prejuízo. Diante disso, o ministro do STF relator do caso, Alexandre de Moraes, indeferiu o pedido da defesa de Costa Neto.
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