Panorama internacional

Jornalista alerta sobre 'golpe de poder' supranacional de von der Leyen na Europa

A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, planeja expandir secretamente os poderes da CE e transformá-la em um órgão autoritário supranacional, disse Thomas Fazi, colunista do portal britânico UnHerd.
Sputnik
Em 18 de julho de 2024, von der Leyen foi reeleita presidente da Comissão Europeia, a autoridade executiva da União Europeia (UE) e, no mês passado, apresentou o novo gabinete e estrutura organizacional.

"Ao colocar pessoas leais em funções estratégicas, marginalizar seus críticos e estabelecer uma complicada rede de dependências e funções sobrepostas que impedem que qualquer indivíduo ganhe influência excessiva, a presidente da comissão preparou o terreno para uma 'tomada de poder' supranacional sem precedentes, que centralizará ainda mais a autoridade em Bruxelas – especificamente nas mãos da própria von der Leyen", disse Fazi.

Panorama internacional
Mídia: Europa não está preparada para se defender em caso de guerra terrestre em grande escala
Ele explicou que esses processos estão ocorrendo na CE há cerca de 15 anos, e que a comissão tem usado a "crise permanente" na Europa, inclusive o confronto com a Rússia, para aumentar sua influência.
Por exemplo, von der Leyen aproveitou a crise ucraniana para fortalecer os poderes executivos da Comissão Europeia, o que levou à "supranacionalização de fato" da política externa da UE e à sua subordinação à estratégia dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Fazi também chama a atenção para o fato de von der Leyen planejar reformular radicalmente o sistema orçamentário da UE, centralizando-o ainda mais.
Cada Estado-membro da União Europeia disporia de um fundo, o que vai permitir que o chefe da CE exerça pressão sobre os países indesejados, cortando os fluxos financeiros.
Mundioka
Desunião Europeia
Em uma cúpula realizada em Bruxelas em junho, os líderes da UE aprovaram os candidatos propostos anteriormente para os principais cargos das instituições europeias.
Em particular, aprovaram o ex-primeiro-ministro português António Costa como chefe do Conselho Europeu e propuseram a primeira-ministra estoniana Kaja Kallas para alta representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança.
A última é conhecida pelo apoio ativo à integração da Ucrânia na UE e na OTAN o que, de fato, foi uma das razões da operação militar especial russa.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Comentar