Brazão é acusado juntamente com o irmão, Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), de ser mandante do assassinato.
O deputado segue detido na Penitenciária Federal de Campo Grande e já teve a perda do mandato aprovada pela Comissão de Ética da Câmara, que ainda precisa passar pelo plenário. Já Ronnie Lessa confessou ter atirado contra a vereadora e fez um acordo de delação premiada que permitiu as investigações avançarem após mais de cinco anos.
No depoimento, Chiquinho Brazão declarou nunca ter tido contato com Lessa e ainda chorou ao lembrar da família. "Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas não tenho lembrança de ter estado com essa pessoa", afirmou.
Além disso, o deputado garantiu que tinha uma excelente relação com Marielle Franco. Na época do assassinato, os dois eram colegas na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. "Foi maldade o que fizeram. Marielle tinha um futuro brilhante, ela era uma vereadora muito amável", contou.
Além de homicídio, Brazão responde no processo por organização criminosa. Também estão presos o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira, acusados de atrapalhar as investigações.